sexta-feira, 10 de maio de 2013

“Julieta dos espíritos” e Curta “Flash” serão exibidos neste sábado no Cineclube Maurice Legard


 “Julieta dos espíritos” de Federico Fellini e Curta- Metragem “Flash” de Alison Zago, serão exibidos neste sábado no Cineclube Maurice Legard.

O Cineclube Maurice Legeard surge para criar um espaço cujo ofício é discutir o cinema que é inacessível nas salas comerciais da cidade de Santos.

A sessão do cineclube acontece no dia 11 de maio, sábado, às 22h , na Vila do Teatro.

A exibição deste sábado será “Julieta dos espíritos” do grande cineasta italiano Federico Fellini. Longa metragem de 1965 é protagonizado por Giulietta Masina – também esposa do cineasta .



Julieta é uma dona de casa dedicada que ama o marido acima de todas as coisas. Logo no início da história ela faz uma recepção em casa onde todos para lá de embriagados resolvem mexer com os espíritos. Alguém tem um recado para ela.

O conteúdo do recado: ‘seu marido tem outra’, Julieta inconformada começa a ter sua sanidade ameaçada por todos os fantasmas de sua criação católica repressora (representada em muitas cenas por uma santa mártir que foi assada em uma grelha que diversas vezes aparece para aterrorizar a protagonista). A investigação sobre a existência ou não deste caso, leva Julieta a enfrentar seus próprios demônios revisitar sua infância (a encenação da sua primeira peca teatral), recordar dos bons momentos do passado (na figura do seu adorado avô), liberar-se de medos, traumas e neuroses que ficaram escondidas no inconsciente (sua subserviência à mãe fútil), enfim, reavaliar-se como mulher. 




Julieta dos Espíritos" Primeiro filme do cineasta em cores. Conta ainda com a bela trilha sonora de Nino Rota, compositor presente na grande maioria de seus filmes, com a fotografia exemplar de Gianni Di Venanzo,- destaque também, evidentemente, vai para Giulietta Masina. Basicamente, três personagens bastaram: a atriz mambembe Gelsomina, de A Estrada da Vida; a prostituta ingênua Cabíria, de As Noites de Cabíria; e Julieta, a dona de casa mais madura, de Julieta dos Espíritos. Ela ainda trabalhou com Fellini em duas oportunidades: o bom Mulheres e Luzes (1951), o primeiro filme do diretor, e o melancólico mas de certa forma vazio Ginger e Fred (1985) já no final da carreira de ambos. No entanto, ela sempre será lembrada pelos três papéis anteriores.


O longa-metragem, de 1965, recebeu duas indicações ao Oscar (uma de melhor direção de arte e outra de melhor figurino) e ganhou importantes prêmios, como o Globo de Ouro de melhor filme de língua estrangeira. 

O curta- metragem exibido será o “Flash” de Alison Zago e produzido pela O2 Filmes.

Simone, professora aposentada, vê sua pacata vida ao lado de seu único filho mudar quando estranhos sonhos e fotografias começam a atormentá-la. Dia após dia lidando com o desconhecido, ela percorrerá um difícil caminho para decifrar suas memórias.

Premiado nos festivais : 15 Cine PE 2011- ( melhor filme e melhor direção)

16 FBCU- ( mostra competitiva – 3 lugar voto popular)

O Cineclube Maurice Legeard é composto por: Rodrigo Zerbetto( programação);Vitcor Allencar ( programação e produção ); Gabriel Peres ( técnica); Patrícia Oliveira ( pesquisa) e Gustavo Klem ( produção)

terça-feira, 7 de maio de 2013

Tragédia grega é o destaque de teatro nesse fim de semana em Santos com entrada franca

PROMETHEUS – a tragédia do fogo

Dias 11 e 12 de maio no TEATRO MUNICIPAL BRÁS CUBAS – SANTOS

Encenação de Maria Thaís e dramaturgia de Leonardo Moreira


PROMETHEUS – a tragédia do fogo se apresentará em Santos nesses dias 11 e 12 de maio de 2013 no Teatro Municipal Brás Cubas.

Quinto espetáculo da Cia Teatro Balagan, PROMETHEUS resulta de uma longa e profunda pesquisa artística de vários profissionais iniciada em janeiro de 2008 que culminou na criação de um espetáculo a partir do mito de Prometeu, com o nome provisório de Prometheus Nostos - um espetáculo-protótipo.

O trabalho foi construído a partir de princípios e modos de criação que permeiam a história da Cia Teatro Balagan, como o trabalho com a palavra, as formas narrativas como base da encenação, o papel do coro como protagonista da ação cênica e, por último, a dança e o canto como matérias expressivas da escritura cênica.

O mito

O mito de Prometeu é o mito fundador da ideia de humanidade no mundo grego

Como Hesíodo expressa nos seus poemas Teogonia e Os Trabalhos e os Dias, Prometeu, um dos titãs, foi quem deu o fogo aos humanos. Em uma guerra pelo poder, o titã, tendo lutado contra sua própria linhagem, permanece ao lado de Zeus, que o responsabiliza pela distribuição dos dons divinos entre homens e a natureza. Nas Metamorfoses de Ovídio, Prometeu está intimamente ligado ao elemento humano por ter sido o autor da criação do homem à imagem dos deuses a partir de uma porção de lodo. Prometeu (aquele que pensa antes) divide tal responsabilidade com seu duplo, Epimeteu (aquele que pensa depois). Este, imprudente, distribui todas as qualidades aos animais esquecendo-se do homem. Zeus, insatisfeito com tal distribuição e tendo sido ludibriado em favor dos humanos por Prometeu, na repartição dos lotes de um sacrifício, expulsa os homens do banquete divino.

Em resposta à separação entre homens e deuses, Prometeu então rouba o fogo criado pelo ferreiro Hefesto, escondendo-o em uma férula oca. Prometeu teria ensinado os homens a usar o fogo e é assim que através deste mito os gregos explicam o aparecimento do fogo na terra, proporcionando ao homem o conhecimento, a aritmética, as artes, a domesticação de animais e a adivinhação do futuro. Para castigar Prometeu, Zeus pede a outros deuses que criem a primeira mulher, Pandora, carregando uma caixa onde estariam todos os males do mundo. Oferecida como presente ao titã previdente, quem acaba por abrir a caixa de Pandora é o imprudente Epimeteu. Os males então são distribuídos à humanidade, restando na caixa apenas a esperança (ou expectação). Instaura-se assim o tempo e a mortalidade. Ainda com o intuito de punir Prometeu, Zeus ordena que ele seja preso ao Cáucaso para ser torturado por Ethón, uma águia filha do monstro Tífon, que durante o dia lhe devora o fígado incessantemente; mas este regenera-se durante a noite. Mais tarde, Prometeu é libertado por Hércules, que mata a águia.


Sinopse

Em Prometheus – a tragédia do fogo as vozes dos atores-narradores, das personagens do mito e do coro se sobrepõem e se articulam no relato dos diversos acontecimentos que compõem o mito – a criação do homem, a separação dos deuses e dos homens, do homem e da natureza, dos irmãos Prometeu/Epimeteu, o roubo do fogo, a condenação do titã ao Cáucaso e sua libertação entre outros.

Encenação

A encenação, ainda que tenha a palavra como meio expressivo, traça relações, paralelos e fricções com outras formas de expressão, como o canto e a dança - mais especificamente as danças dos orixás. Assim, ao lado das narrativas, o espaço cênico, a sonoridade, os cantos gregos e as danças afro-brasileiras, o espetáculo estabelece um espaço de cruzamento entre mundos que, aparentemente, são apartados – o passado e o presente, o tempo mítico e o tempo cronológico, as mitologias grega e africana, etc.

Dramaturgia

A dinâmica de construção das narrativas tradicionais iluminou a construção do espetáculo Prometheus – a tragédia do fogo. Assim, a dramaturgia inédita, construída por Leonardo Moreira, articula e fricciona, a partir dos Estudos Cênicos criados pelos atores, diversas fontes sobre o tema, tais como: Prometeu Cadeeiro (em grego arcaico e sua tradução para o português) e os fragmentos das duas outras tragédias da trilogia – Prometeu Portador de Fogo e Prometeu Liberto – de Ésquilo, A Libertação de Prometeu de H. Müller, além de poemas e trechos de obras de autores como Goethe, Franz Kafka, Pirandello, André Gide, Kazantzakis, entre outros, sobre o mito, bem como outras obras que com ele dialogam.

Sonoridade

O Coro, como elemento mediador de toda ação cênica, é responsável por tecer as vozes e os sons do espetáculo. A sonoridade é uma voz narrativa e foi composta por Gregory Slivar, a partir da preparação vocal de Jean Pierre – que transmitiu aos atores cantos e trechos de textos em grego –, de frases musicais compostas como chamados, de instrumentos artesanais, de pedras, jarros de barro, etc.

Espaço Cênico

Esta multiplicidade de perspectivas é favorecida pela cenografia, proposta por Márcio Medina, composta por cortinas/muros que, ao serem manipuladas pelo coro de atores, reconfiguram os espaços de atuação ao longo do espetáculo. Os figurinos, ao contrário, sugerem uma unidade no tratamento visual a partir da criação de um conjunto de figuras sem tempo ou lugar, saídas do barro, que adquirem singularidade somente a partir das narrativas que contam.

Ficha Técnica

Com:

Ana Chiesa Yokoyama

Antonio Salvador

Gisele Petty

Gustavo Xella

Jean Pierre Kaletrianos

Leonardo Antunes

Natacha Dias

Hilda Gil

Martha Travassos

Vera Monteiro

Wellington Campos

Direção

Maria Thaís

Dramaturgia

Leonardo Moreira

Cenografia

Márcio Medina

Figurino

Carol Badra e Marcio Medina

Iluminação

Fábio Retti

Direção musical

Gregory Slivar

Diretores técnicos

Rafael Motta / Bruno Garcia

Preparador corporal dança dos orixás

Wellington Campos

Produção e administração

Deborah Penafiel


SERVIÇO


PROMETHEUS – a tragédia do fogo

Local: TEATRO MUNICIPAL BRÁS CUBAS

Av. Pinheiro Machado, n48 Vila Mathias, Santos-SP

Datas e horários: Sábado 11/5 às 20h30 e 12/5 às 18h

Entrada Gratuita

Duração – 80 minutos

Faixa etária: 12 anos


Workshop com Cia Teatro Balagan

Dia: 11/05

Horário: 13h30

Local: Foyer do Teatro Municipal Brás Cubas

20 vagas - Gratuito

Inscrições: pelo email: contato@ciateatrobalagan.com.br

Sobre a oficina

Desenvolvida pela equipe da Cia Teatro Balagan, orientada pela diretora e professora Maria Thaís, a ação pedagógica pretende compartilhar elementos e procedimentos de trabalho utilizados nos estudos e espetáculos da Cia.


A CIA TEATRO BALAGAN

Balagan é uma palavra presente em diversos idiomas como o russo, o turco, o árabe e o hebraico. Pode significar teatro de feira, baderna, bagunça ou confusão.

Desde seu surgimento, em 1999, a Cia Teatro Balagan formou-se como um núcleo de criação que reúne artistas o redor de uma prática teatral fundada na experimentação. Para nós, os processos criativos têm um caráter pedagógico, pois permitem a formação continuada dos artistas envolvidos e, em uma segunda instância, através do espetáculo, a formação dos espectadores. É no espetáculo que se organiza e para onde convergem as vozes criadoras – da cenografia à atuação, da dramaturgia à iluminação, da produção à direção e ao público – que, juntas, geram a polifonia da cena.

Em 1999, a Cia estreou o primeiro espetáculo, Sacromaquia. Desde então foram criadas outras quarto obras: A Besta na Lua (2003), Tauromaquia (2004-2006), Západ – A Tragédia do Poder (2006-2007) e Prometheus – a tragédia do fogo (2010-2012). Em 2007 e 2008, realizou o projeto Do Inumano ao mais-Humano que integrava duas ações de formação: uma voltada para os artistas da Cia e outra, à Formação do Olhar para o Teatro, voltada para o espectador. Dois dos temas pesquisados ali, Inumano-trágico e Inumano-animal geraram dois espetáculos respectivamente, Prometheus e Recusa.

Patrícia Galvão, a vanguarda e a experimentação teatral - nessa quarta na Vila do Teatro


No dia 08 de maio (quarta-feira), às 20h, na Vila do Teatro, com o tema “Patrícia Galvão, a vanguarda e a experimentação teatral”, a proposta é refletir sobre as relações entre a arte praticada nos anos 50 e hoje.


Em 1954, Patrícia, que já não mais queria ser chamada de Pagu, atua como jornalista em A Tribuna, produz peças de teatro, eventos literários e difunde a vanguarda. No jornal imprimiu as marcas do seu último ato, registrando a produção artística da época sob uma visão moderna e cosmopolita. A análise dos artigos de Patrícia e as entrevistas com testemunhas de época permitiram a Márcia narrar a força de Patrícia na luta apaixonada pelo teatro, marcada pela participação na vitoriosa campanha pela construção do Teatro Municipal, na criação da União de Teatro Amador de Santos, no apoio à realização de importantes festivais, no incentivo aos jovens talentos como Plínio Marcos, na formação de grupos amadores e na divulgação e na produção de peças de vanguarda, como Fando e Lis (Fernando Arrabal), A Filha de Rappaccini (Octavio Paz).

Para escrever suas colunas, Patrícia mantinha contato estreito com grandes artistas e intelectuais do período. O vasto material publicado no jornal e a sua prática no campo cultural se traduz em verdadeiras aulas. “Ela discutiu o país por meio das vanguardas culturais e artísticas. Aprende-se muito com essa mulher generosa, forte e polivalente, intelectual por vezes ofuscada pelo mito”.


O evento é aberto aos mais diversos públicos e tem entrada gratuita.


A Vila do Teatro fica na Praça dos Andradas, Centro.


Conheça Santos por meio da Literatura - Oficina com Alessandro Atanes no Fórum da Cidadania as quintas feiras!

A partir do dia 9 de maio, o jornalista e historiador Alessandro Atanes, autor do livro "Esquinas do Mundo: Ensaios sobre História e Literatura a partir do Porto de Santos", promove no Fórum da Cidadania a terceira edição da oficina "Conheça Santos por meio da Literatura". 

O objetivo da oficina é reunir interessados em escrever sobre a cidade e, como nos anos anteriores, produzir um livro artesanal com os textos dos participantes.

A oficina acontece às quintas-feira, das 19h30 às 21h30.

O Fórum fica na Estação da Cidadania, na Avenida Ana Costa, 340.


A novidade do ano é que cada participante poderá escolher os módulos que mais interessam, garantindo assim o envolvimento de cada um, como se cada módulo fosse um grupo de estudo sobre o tema. 

As inscrições podem ser feitas na sede do Fórum ou pelo telefone 32212034. 

Mais informações sobre esta e outras oficinas pelo e-mail contato@forumdacidadania.org.br.


Os textos realizados durante as edições anteriores da oficina foram publicados nos livros artesanais "Santos revisitada Vol. I" e "Santos Revisitada Vol. II", feitos com capas de papelão produzidas pelos próprios participantes. Os livros foram editados por meio de parceria entre as editoras artesanais Estação Catadora e Sereia Ca(n)tadora.


Abaixo, a programação:


Conheça Santos por meio da Literatura – Nossa cidade vista pela poesia, ficção, textos históricos e relatos de viagem


Módulo 1 – Introdução ao tema: questões gerais sobre o estudo das relações
entre História e Literatura
a. O que é ficção – invenção e mentira, diferenças.
b. Apresentação dos módulos.
c. Uso da literatura e da ficção como fonte de conhecimento histórico.
d. Literatura como forma de conhecimento sobre o mundo.


Módulo 2 – O ciclo da literatura de identidade portuária
Um panorama sobre as obras que são ambientadas no Porto de Santos.
a. Primórdios: Vicente de Carvalho, o Poeta do Mar;
b. Navios Iluminados (romance, 1937), de Ranulpho Prata;
c. Cais de Santos (romance, 1939), de Alberto Leal;
d. Agonia na noite (romance, 1956), de Jorge Amado;
e. Os viralatas da madrugada (romance, 1980), de Adelto Gonçalves;
f. Cais (poesia, 2002), de Alberto Martins;
g. Barcelona Brasileira (romance, 2003), de Adelto Gonçalves;
h. A História dos Ossos (novela, 2005), de Alberto Martins;
g. Santos – Natureza e Arquitetura em Fotopoemas (haikai, 2011), de Regina Alonso
h. Costa a Costa (poesia, 2012), de Ademir Demarchi, entre outros.


Módulo 3 – O horror vem pelo porto
a. O conto O Horla, de Guy de Maupassant;
b. As descrições do trabalho portuário em Navios Iluminados;
c. Máquinas que se transformam em monstros: Navios Iluminados, 2666 (Roberto Bolaño) e as imagens de La Boca do pintor argentino Quinquela Martín;
d. Um navio nazista em Santos em Agonia na Noite.
e. Vila Socó revisitada: o horror industrial na poesia de Marcelo Ariel.


Módulo 4 – Imigrantes na cidade: As travessias e destinos dos personagens na literatura portuária entre Portugal e Espanha e os portos de Santos e Buenos Aires
a. Navios Iluminados;
b. Barcelona Brasileira;
c. A abertura de As crônicas do Brasil, de Rudyard Kipling.
d. Judeus e alemães na cidade durante a segunda guerra em Danielle em surdina, lamgsam, de Gilberto Mendes.


Módulo 5 – Os poemas de chegada: o que escreveram sobre Santos escritores que chegaram ao Brasil pelo porto da cidade
a. Pablo Neruda: Santos revisitado;
b. Oswald de Andrade: Contrabando;
c. Blaise Cendrars: Chegada em Santos;
d. Elizabeth Bishop: Chegada em Santos.


Módulo 6 – Mas o que narram aqueles que ficam?: as imagens poéticas de autores que viveram ou vivem em Santos
a. Narciso de Andrade;
b. Roldão Mendes Rosa;
c. Madô Martins;
d. Alberto Martins;
e. Flávio Viegas Amoreira;
f. Ademir Demarchi;
g. Regina Alonso.


Módulo 7 – A geografia literária da cidade portuária: as ruas da cidade de Santos em mapas do território da ficção portuária desenhados a partir dos itinerários e movimentos dos personagens da ficção
a. O isolamento do bairro portuário em Navios Iluminados.
b. De uma ponta a outra da cidade de carona no carro de Martins Fontes,
personagem de Barcelona Brasileira;
c. De bonde pelas ruas de Santos;
d. Especulação imobiliária em Pablo Neruda e Zéllus Machado.


Módulo 8 – Literatura e cinema I: a narrativa cinematográfica do poema Fugindo ao cativeiro, do livro Poemas e Canções (1908), de Vicente de Carvalho.
a. A História do livro;
b. O prefácio de Euclides da Cunha;
c. Poeta do mar? Não só isso;
d. A atuação política de Vicente de Carvalho;
e. Leitura e comentários sobre o poema.


Módulo 9 – Literatura e cinema II: os portos da aventura.
a. King Kong, Os suspeitos, As Bicicletas de Belleville;
b. As aventuras emocionais: A dama do cachorrinho (Tchecov) e Emma Zunz (Jorge Luis Borges);
c. Sindicato dos Ladrões ou À beira do cais, o caso de uma tradução errada.


Módulos 10 – Literatura contemporânea, o cenário de Santos.
a. Flávio Viegas Amoreira, Desaforismos, desaforos, linguagem e o Facebook como plataforma poética;
b. Ademir Demarchi, poeta, editor, crítico;
c. Demarchi em espanhol, Marcelo Ariel em francês;
d. Editoras artesanais: Sereia Ca(n)tadora e Edições Caiçaras;
e. A poesia visual de Paulo de Toledo;
f. A divulgação histórica por meio da ficção nos livros de Sergio Williams;
g. Eventos literários: Sarau Caiçara, Tarrafa Literária, Fundo Municipal de Cultura.


Módulo 11 – Novos nomes da poesia e narrativa de Buenos Aires, Montevidéu e Lima.
a. Peru: Óscar Limache e a língua do porco espinho, O Rio de Javier Heraud, Antonio Cisneros, César Vallejo, e Carlos Oquendo de Amat;
b. O fenômeno “cartonero”: Comentários sobre as editoras Eloísa Cartonera (Buenos aires), La Propia Cartoneira (Montevidéu) e outras editoras artesanais.
c. Apresentação e traduções de autores inéditos em português.
d. Diplomacia literária e diálogos a partir do porto de Santos.
Módulo 12 (20/07) – Considerações finais sobre a literatura produzida em Santos ou sobre a cidade, relacionando os textos produzidos na oficina com as obras
analisadas durante os módulos.
Produção textual

Ao longo da oficina, os participantes irão elaborar textos sobre a cidade, ficando o gênero à escolha de cada um, contribuindo para a criação de conhecimento sobre a cidade. No caso de professores e outros profissionais que lidam com o público, a produção poderá se focar na preparação de material paradidático.


Os participantes poderão escolher três opções de produção textual:
a. Criar uma ficção (poema ou narrativa curta) que narre a ação de um ou mais personagens durante um percurso pela cidade.
b. Análise de um dos textos comentados durante as oficinas.
c. Preparação de material paradidático e/ou ensaístico sobre um ou mais textos comentados durante a oficina e/ou sobre a relação entre os textos e as questões sociais da cidade.


Currículo resumido
Alessandro Atanes é mestre em História Social pela Universidade de São Paulo com a dissertação “História e Literatura no porto de Santos: o romance de identidade portuária Navios Iluminados” (2008), sobre como o ambiente portuário é descrito pela ficção deste romance de 1937 escrito por Ranulpho Prata e sobre como ela se relaciona com textos de outros escritores sobre o porto de Santos, como Pablo Neruda, Elizabeth Bishop, Blaise Cendrars e Jorge Amado, entre outros. Possui especialização em História e Historiografia e graduação em Comunicação Social pela Universidade Católica de Santos (1995). Premiado pelo Fundo Municipal de Cultura de Santos, publicou no início de 2013 o livro "Esquinas do mundo: Ensaios sobre História e Literatura a partir do Porto de Santos".

A partir de sua pesquisa, o autor escreveu o texto-base e as composições do espetáculo "Rota Literária: um passeio poético pelo porto de Santos", encenado em uma escuna que cruza o canal do estuário.

É colunista do site Portogente desde 2005, onde produz semanalmente textos sobre as relações entre História e Literatura, e um dos criadores e editor do blog Revista Pausa, de literatura e artes.

Em agosto de 2011, apresentou no Sesc Santos a conferência “Porto – Um Portal Poético. O tema do mar e da viagem na poesia ibero-americana a partir do porto de Santos” com traduções de Roberto Bolaño, Antonio Cisneros, César Vallejo, Carlos Oquendo de Amat, Javier Heraud, Óscar Limache e José Agustín Goytisolo, sempre com o mar e as viagens como tema, dos quais três foram escolhidos para serem impressos nos guardanapos do Sesc usados durante a Bienal de Dança em setembro. Será lida ainda uma nova versão para o poema “Santos Revisitado (1927-1967)”, de Pablo Neruda (Chile), que fala de sua passagem pelo Porto de Santos.

É o autor das traduções para o português de "Voo de identidade", do poeta peruano Óscar Limache, e de "À espera do outono" e "Viagens imaginárias", ambos em um único volume, do também peruano Javier Heraud, publicadas em edição artesanal pela editora Sereia Ca(n)tadora.

Servidor público do município de Cubatão, atua no Departamento de Imprensa da Prefeitura.

LITERATURA EM DESTAQUE - Raias Poéticas



Raias Poéticas - Brasil / Portugal - SESC Santos

O Raias Poéticas", encontro de arte e pensamento realizado anualmente em Vila Nova de Familiacão (Portugal), reúne escritores e artistas da América Latina, África e Portugal. Luis Serguilha, idealizador e curador da edição européia, é um importante pesquisador da literatura em lingua portuguesa, tendo publicado diversos escritores brasileiros em Portugal através da Editora Cosmorama.

A edição brasileira contará com Luis Serguilha e Jorge Melícias (Portugal) e os escritores brasileiros José Miguel Wisnik, Gilberto Mendes (também compositor), Flávio Viegas Amoreira e Marcelo Ariel. A curadoria e mediação é do escritor e editor Márcio Barreto e a realização é do SESC Santos com apoio da "Edições Caiçaras" e do "Imaginário Coletivo de Arte".

Na ocasião serão lançados livros dos autores que servirão de base para debates sobre arte, identidade cultural e contemporaneidade.



Segundo Márcio Barreto - curador da edição brasileira " o Raias Poéticas celebra o rico momento da literatura contemporânea, onde as relações intersemióticas se fazem cada vez mais presentes através de obras que misturam linguagens e fontes diversas".


PROGRAMAÇÃO

10/05 - sexta

20h – Dobras do Pensamento

Desterritorialização poética
a identidade cultural contemporânea nas obras

“Anga ibiisi” (poesia) – Luis Serguilha (Portugal)
"Excídios" - Jorge Melícias (Portugal)
“Teatrofantasma: O Doutor Imponderável contra o onirismo groove” (romance) – Marcelo Ariel

Mediação: Márcio Barreto


12/05 - domingo

17h – Dobras do Pensamento

Interconexões
a literatura e sua relação com outras linguagens nas obras

"Veneno Remédio" (ensaio) - José Miguel Wisnik,
"Danielle em surdina, longsam" (romance) - Gilberto Mendes
"Perto do mar" (poesia) - Flávio Viegas Amoreira.

Mediação: Márcio Barreto


Raias Poéticas - Brasil / Portugal
10/05 as 20h | 12/05 as 17h
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136
Santos /SP


Obras abordadas:

"Danielle em surdina, langsam" - Gilberto Mendes (Ed. Algol)


"DANIELLE em surdina,langsam", primeira obra de ficção do maestro Gilberto Mendes. Além de memorialista, é considerado o mais importante compositor erudito brasileiro contemporâneo. Com um estilo de raro virtuosismo, o recém nonagenário músico nos dá um belíssimo painel de sua juventude com atmosfera de primorosa sofisticação ao tratar de temas como o amor em tempos turbulentos entrecortados de evocações preciosas da Alta Cultura.

Com introdução do escritor Flávio Viegas Amoreira, o genial compositor alinha como um Goethe no conteúdo e Cortázar na atualíssima construção de sua narrativa, um painel cosmopolita dum amor que atravessa quase sete décadas entre o mítico porto de Santos e recônditas paisagens germânicas. Tudo embalado por uma aura de "Film noir" e transmodernidade.

Artista múltiplo, agora Mendes vence novo desafio pós-vanguardista: a atemporalidade de sua literatura carregada de intertextualidade como um caleidoscópio cultural do mundo que ele viveu para musicar e contar.




Gilberto Mendes - Compositor paulista (13/10/1922-). Um dos pioneiros da música experimental aleatória e do teatro musical no Brasil. Gilberto Ambrósio Garcia Mendes nasce em Santos, estuda música com Claudio Santoro e Olivier Toni. No início da carreira adota o nacionalismo musical e utiliza o folclore como base para o trabalho de composição. Mais tarde se dedica apenas à pesquisa musical de vanguarda.Viaja nos anos 50 para a Alemanha, onde estuda composição. Tem aulas com Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen. De volta ao Brasil, realiza em 1962 o Festival Música Nova. Em 1980 passa a ser professor do departamento de música da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Entre suas peças se destacam Nasce-Morre, música aleatória feita com texto de poesia concreta de Haroldo de Campos, Beba Coca-Cola, música para coral com texto de poesia concreta de Décio Pignatari, e Ulisses em Copacabana.
Faz também trabalhos audiovisuais, como Cidade. Sua produção mais recente é influenciada pela tendência da "nova consonância", que retoma características das músicas tonais e modais. Sua obra é executada com frequência nas principais cidades brasileiras e em eventos no exterior.

"DANIELLE em surdina,langsam" (novela)
Gilberto Mendes
Ed. Algol
Bate-papo

1205 | dom | 17h
Raias Poéticas
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136Santos / SP


"Veneno Remédio - o futebol e o Brasil" - José Miguel Wisnik (Companhia da Letras)



Os estudos de grande abrangência sobre o futebol, ao abordar as questões políticas, sociais, econômicas e comportamentais em torno do esporte, costumam deixar de lado o essencial: o jogo em si, aquilo que faz dele uma atividade capaz de apaixonar bilhões de pessoas dos mais remotos cantos do mundo.
O futebol, tal como foi incorporado e praticamente reinventado no Brasil, tem muito a dizer, com sua linguagem não-verbal, sobre algumas de nossas forças e fraquezas mais profundas, ajudando a ver sob outra luz questões centrais da nossa formação e identidade.
Temas recorrentes na melhor ensaística brasileira, como a "democracia racial", o "homem cordial" e a deglutição antropofágica do influxo cultural estrangeiro, encontram aqui um viés inesperado e original como um corta-luz, um drible de corpo, um lançamento com efeito ou uma folha-seca - jogadas que os craques brasileiros inventaram ou desenvolveram, encontrando novos caminhos para chegar ao gol e à vitória.
Lançando mão de um sofisticado instrumental crítico que bebe na filosofia, na sociologia, na psicanálise e na crítica estética, José Miguel Wisnik desce às minúcias do jogo da bola e de sua evolução ao longo das décadas. Nas páginas deste ensaio, craques como Domingos da Guia, Pelé, Garrincha e Romário põem à prova, com sua linguagem não-verbal, idéias sobre o país de escritores como Machado de Assis, Mário e Oswald de Andrade, sociólogos como Gilberto Freyre, historiadores como Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior.
O futebol, em Veneno remédio, não é mero "reflexo" da sociedade, mas tampouco se desenvolve à margem dela. É, como mostra Wisnik, uma instância em que as linhas de força e de fuga do embate social e da construção do imaginário se apresentam de modo ao mesmo tempo claro e cifrado, como costuma acontecer com as expressões artísticas. (Companhia das Letras)




foto: Bob Paulino

José Miguel Wisnik - compositor. Cantor. Pianista. Ensaísta. Professor de Literatura Brasileira da USP. Estudou piano clássico no Conservatório de São Vicente, aperfeiçoando-se em concertos com o Maestro Souza Lima. Em 1966, apresentou-se como solista da Orquestra Sinfônica de São Paulo, executando o "Concerto nº 2", de Camille Saint-Saens. No ano seguinte, ingressou no curso de Letras da Universidade de São Paulo (USP) e começou a compor. A partir de 1973, passou a lecionar Literatura Brasileira, no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. No ano seguinte, obteve o mestrado na área de Teoria Literária, pela USP, apresentando a dissertação "A música em torno da Semana de Arte Moderna". De 1976 a 1980, atuou como docente de Teoria Literária, no Departamento de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem/UNICAMP. Em 1980, obteve o doutorado na área de Teoria Literária, também pela Universidade de São Paulo, defendendo a tese "Dança dramática - poesia/música brasileira". Publicou vários trabalhos sobre música e literatura: "O coro dos contrários: a música em torno da semana de 22" (1977, Duas cidades/SP), contemplado com o Prêmio Jabuti, conferido pela Câmara Brasileira do Livro, na categoria Revelação de Autor; "Anos 70/Música popular", em colaboração com Ana Maria Bahiana e Margarida Autran (1978); "O som e o sentido: uma outra história das músicas" (1989, Companhia das Letras/ SP), entre outros. É autor de inúmeros ensaios, como "Algumas questões de música e política no Brasil", em "Cultura brasileira - temas e situações", organizado por Alfredo Bosi, (1987, Ática, SP); "Letras, músicas e acordes cifrados", em "Songbook Caetano Veloso" (1993, Lumiar, RJ); "O dom da ilusão", em "Gilberto Gil - todas as letras", organizado por Carlos Rennó, (1996, Companhia das Letras, SP); "Música/Brasil", em "Brasil em foco", CD- Rom (Ministério das Relações Exteriores/Editora Terceiro Nome/Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da USP); e "O artista e o tempo", em "Songbook Chico Buarque", vol. 2, (1999, Lumiar, RJ), entre outros. Em 2011, fez aula-show, ao lado da cantora Eveline Hecker, na Casa do Saber (RJ).


"Veneno Remédio - o futebol e o Brasil" (ensaio)
José Miguel Wisnik
Companhia das Letras
Bate-papo

1205 | dom | 17h
Raias Poéticas
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136Santos / SP


LANÇAMENTO E BATE-PAPO
ANGA IBIISI - Luis Serguilha (Edições Caiçaras)



O poeta e ensaísta português Luis Serguilha lança em maio o livro "Anga ibiisi" pela "Edições Caiçaras".


A obra é uma reunião poética da escrita labiríntica e fragmentada do autor, onde a palavra estilhaça seus significados conduzindo-nos a um novo mundo semântico de possibilidades. Traduzido para diversos idiomas como o francês, inglês e alemão, sua obra é parte fundamental da literatura contemporânea, elevando-a a novos patamares de construção e ressignificação. Ensaísta, é responsável por uma coleção de poesia contemporânea brasileira na Editora Cosmorama (Portugal).

"Anga ibiisi" será lançado em 10 de maio no SESC Santos dentro da programação do "Raias Poéticas", encontro ibero-afro-americano de literatura portuguesa que acontece anualmente em Vila Nova de Famalicão (Portugal) e este ano terá a primeira edição no Brasil.




LUIS SERGUILHA nasceu em Vila Nova de Famalicão, Portugal. Distinguiu-se em várias áreas, tendo atuado como coordenador de uma academia de motricidade-humana, colaborador em pesquisa arqueológica da época castreja, dinamizador de bibliotecas de jardim. Poeta, crítico e ensaísta, suas obras são: O périplo do cacho (1998), O outro (1999), Lorosa´e Boca de sândalo (2001), O externo tatuado da visão (2002), O murmúrio livre do pássaro (2003), Embarcações (2004), A singradura do capinador (2005), Hangares do vendaval (2007), As processionárias (2008), Roberto Piva e Francisco dos Santos: na sacralidade do deserto, na autofagia idiomática-pictórica, no êxtase místico e na violenta condição humana (2008), KORSO (2010), KOA'E(2011), Khamsin-Morteratsch( 2011) estes cinco últimos em edições brasileiras. Seu livro de prosa - Entre nós - é de 2000, ano em que recebeu o Prêmio de Literatura Poeta Júlio Brandão. Possui textos publicados em diversas revistas de literatura no Brasil, na Espanha e em Portugal. Alguns dos seus textos foram traduzidos para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão e catalão. Participou em vários encontros internacionais de arte e literatura. EXPERIMENTADOR das LEITURAS POÉTICAS-METAMÓRFICAS-LAHARS. É responsável por uma coleção de poesia contemporânea brasileira na Editora Cosmorama e Curador do Encontro Internacional de Literatura e Arte: Portuguesia.

"Anga ibiisi" (poesia)
Luis Serguilha
Edições Caiçaras
Lançamento e bate-papo
10/05 | sex | 20h
Raias Poéticas
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136Santos / SP


excídio - Jorge Melícias (Edições Caiçaras)

O minimalismo, o movimento, a intensidade e a profundidade de sua poética fazem a linguagem implodir em um universo fragmentado pela violência do verbo. O livro é uma coletânea de suas obras, aberta ao leitor como verdadeiro testemunho de uma escrita que surpreende em cada palavra minucuiosamente escolhida para compor a densidade lapidar de realidades estilhaçadas, onde o confronto, o corpo em movimento e a imagética do medo procuram a unidade perdida, o todo fragmentado e redescoberto pelo crime da linguagem.

"excídio" será lançado em 10 de maio no SESC Santos dentro da programação do "Raias Poéticas", encontro ibero-afro-americano de literatura portuguesa que acontece anualmente em Vila Nova de Famalicão (Portugal) e este ano terá a primeira edição no Brasil.



"Um nervo arrebatado à exactidão.
Sobre ele edifico o método.
Há o propósito e o axioma implícito:
a queda não é interceptável.
Chega-se ao crime pelo exercício da evidência."
Jorge Melícias, Incubus, 2004




Jorge Melícias - nasceu em 1970. Autor dos seguintes livros de poesia: aqueles que incendeiam os telhados - 1996/1998 – (inédito);iniciação ao remorso (2004, 2ª ed., Cosmorama); a luz nos pulmões (2000, Quasi); o dom circunscrito (2003, Quasi); incŭbus (2004, Quasi); a longa blasfémia (2006, Objecto Cardíaco); disrupção – 1998/2008 – (poesia reunida), (2009, Cosmorama) e felonia/agma (2013,Cosmorama/UC).Foi-lhe atribuída, ao longo do ano de 2002, uma bolsa pelo Ministério da Cultura e Instituto Português do Livro e das Bibliotecas da qual resultou o livro o dom circunscrito. Poemas seus encontram-se traduzidos para línguas como o espanhol, o inglês ou o servo-croata e publicados em várias revistas, nacionais e estrangeiras, como a Inimigo Rumor, A Confraria do Vento ou a Zunái (no Brasil), a 26, studies of poetry and poetics, ou a 2nd Mind, de São Francisco. Uma recolha de três dos seus livros, sob o título Disruption, saiu nos E.U.A, pela editora Durationpress, de Los Angeles. Um livro de ensaios sobre a sua poesia, intitulado A Poesia do Excesso – rumo às vísceras de Jorge Melícias, foi editado em 2011, no Brasil, pela TodaPalavra Editora. Traduziu, entre outros, Saint-John Perse (Elogios, 2001, Quasi), Leopoldo María Panero (Poemas do Manicómio de Mondrágon, 2001, Alma Azul), Antonio Gamoneda (Ardem as Perdas, 2004, Quasi), Lautréamont (Cartas de Isidore Ducasse, 2006, Objecto Cardíaco), Baudelaire (Conselhos aos Jovens Literatos, 2006,Objecto Cardíaco), Pedro Marqués de Armas (Cabeças, 2007, Cosmorama), Miriam Reyes (Espelho Negro, 2008, Cosmorama) e uma antologia da Poesia Cubana Contemporânea (2009, Antígona). É um dos responsáveis pela editora Cosmorama/UC e dá aulas de Poética e Escrita Criativa.


"excídio" (poesia)
Jorge Melícias
Edições Caiçaras
Lançamento e bate-papo
10/05 | sex | 20h
Raias Poéticas
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136
Santos / SP

Mar por Perto - Flávio Viegas Amoreira (Edições Caiçaras)


Com sua poesia oceânica Flávio Viegas Amoreira nos brinda com reflexões sobre a trasmodernidade própria de quem vive perto do mar, um misto de cosmopolitismo, erudição e sensibilidade. Prefaciado pelos escritores Chico Lopes, Antonio Arruda, Renato Tardivo, Marcelo Ariel, Madô Martins, Fabiano Fernandes Garcez e Ademir Demarchi o livro é uma seleção de textos do autor reunidos pelo editor Márcio Barreto a partir de suas publicações em revistas literárias eletrônicas como "Cronópios", "Meio Tom" e "Germina Literatura".





Flávio Viegas Amoreira - escritor, crítico literário e jornalista; já lançou dez livros entre poesia, contos e romance; colabora com diversos jornais, revistas literárias e sites especializados em Arte. Faz parte da denominada “Geração Zero Zero”, autores de vanguarda surgidos no começo do século. Foi traduzido e adotado por universidades européias e norte-americanas. Fundador com Gilberto Mendes do “Fórum Santos Cultural”, de resgate das tradições de vanguarda e cultura do Litoral Paulista e do “sentimento atlântico do mundo”.


"Mar por Perto" (poesia e prosa poética)
Flávio Viegas Amoreira
Edições Caiçaras
Lançamento e bate-papo
12/05 | dom | 17h
Raias Poéticas
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136
Santos / SP


Teatrofantasma - Marcelo Ariel




TEATROFANTASMA - o Doutor Imponderável contra o onirismo groove

Uma seleção dos melhores textos do blog teatrofantasma de Marcelo Ariel, selecionados e reescritos pelo autor, é também um romance de idéias e um diário ontológico. O livro tem posfácio do Prof. Maurício Salles Vasconcelos (Livre docente do Departamento de Letras da Usp-Universidade de São Paulo).

" (...) Marcelo Ariel transpira uma autenticidade que nada tem a ver com sua origem social – e sim com o modo como responde ao massacre do mundo efetivo” - Manuel da Costa Pinto



Marcelo Ariel - Considerado um dos grandes poetas da nova geração da poesia brasileira, nascido em Santos (SP) em 1968, Marcelo Ariel estreiou na poesia com o livro Me enterrem com a minha Ar-15 (Dulcinéia Catadora, edição artesanal, 2007); depois lançou os livros Tratado dos Anjos Afogados (Letraselvagem, 2008) e O céu no fundo do mar (Dulcinéia Catadora, edição artesanal 2009), pela Edições Caiçaras lançou Pequena Cartografia da Poesia Brasileira Contemporânea (2011). Poeta e dramartugo, Marcelo Ariel, é visto como poeta transgressor ao unir diversas camadas de linguagem do mundo pós-moderno à poesia.

Lançamento
"Teatrofantasma - o Doutor Imponderávelcontra o onirismo groove" (romance)
Marcelo Ariel
Edições Caiçaras
10/05 | sex | 20h
Raias Poéticas
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136
Santos / SP

quinta-feira, 2 de maio de 2013

ENCONTRO NACIONAL DE TEATRO DE RUA DE ANGRA DOS REIS COM INSCRIÇÕES ABERTAS



XVII ENTRAR - ENCONTRO NACIONAL DE TEATRO DE RUA DE ANGRA DOS REIS - 2013

Grupo Teatral Cutucurim e Eletronuclear / Eletrobrás apresentam o XVII ENTRAR - Encontro Nacional de Teatro de Rua, cujo objetivo é oferecer espetáculos de qualidade e ao mesmo tempo incentivar o intercâmbio entre os grupos e despertar o gosto pelo teatro contribuindo para a formação de público.

O Encontro acontecerá do dia 15 a 25 de Agosto de 2013, nas praças e espaços abertos de Angra dos Reis. A programação inclui espetáculos de rua (adulto e infantil), performances, oficinas, debates e seminários.

Para mais informações e regulamento, se joga aqui => 



8 1/2 é a atração dessa Sexta no Cineclube Maurice Legeard na Vila do Teatro

O Cineclube Maurice Legeard surge para criar um espaço cujo ofício é discutir o cinema que é inacessível nas salas comerciais da cidade de Santos e que, além de propor um espectador ativo, pensante, através da discussão, forma neste um repertório cultural de mais de cem anos de história que passam por diversos países e culturas a partir das obras assistidas. Na primeira sessão de maio, dia 04, o cineclube inaugura novo horário das sessões, que passam a acontecer às 22h na Vila do Teatro, no centro de Santos.

 Será exibido um curta metragem convidado, a ser divulgado durante a semana pela página do facebook (http://www.facebook.com/CineclubeMaurice) e, na sequência, o longa metragem Oito e Meio (Otto e Mezzo), de Federico Fellini.





 Como em vários momentos das obras de Fellini, Oito e meio é um filme autobiográfico; sequências oníricas, retiradas dos próprios sonhos do diretor italiano, contam a estória do cineasta Guido Anselmi (Marcello Mastroianni) que, prestes a rodar sua próxima obra ainda não tem ideia de como será o filme. Mergulhado em uma crise existencial e pressionado pelo produtor, pela mulher, pela amante e pelos amigos, ele se interna em uma estação de águas e passa a misturar o passado com o presente, ficção com realidade.

 Em 1964, Oito e Meio recebeu cinco indicações ao Oscar: melhor diretor, melhor roteiro original, melhor direção de arte – preto e branco, melhor figurino – preto e branco e melhor filme estrangeiro, tendo sido premiado nas duas últimas. Ainda recebeu outros prêmios nos Estados Unidos, Rússia e Dinamarca, além de indicações no Reino Unido. 


A trilha sonora é assinada pelo grande Nino Rota, um dos maiores compositores que o cinema já teve, onde seu trabalho foi principalmente reconhecido através dos filmes de Federico Felinni, numa parceria que durou mais de 25 anos e resultou nas principais trilhas sonoras da história do cinema.

O Cineclube Maurice Legeard é fundado pelos estudantes de cinema e audiovisual: Rodrigo Zerbetto, que estréia neste ano como diretor com o curta-metragem “Nina”, além de ter participado da equipe de produção do Curta Santos nas últimas quatro edições; Victor Allencar, adorador da sétima arte, tendo experiência nas várias vertentes da área; e Gabriel Peres, um produtor por natureza (mas não por opção) que procura seu lugar na área do audiovisual, tendo já participado de projetos como assistente de muitas coisas, roteirista, diretor e editor.

Vila do Teatro – Praça dos Andradas, 36 – Santos

 facebook.com/CineclubeMaurice

Entrada franca