“Medo de Escuro” trata de questões fundamentais para a juventude de várias épocas e, também, para o desenvolvimento psíquico e sócio afetivo do ser humano.
Os personagens principais são jovens e extremamente vulneráveis aos encantos da cultura de massa, particularmente a cultura pop. O casal, que imagina ter matizes diferentes, vive enclausurado num mesmo universo, repleto de heróis às avessas.
Tudo no desenrolar da trama se dá através de representações. Nenhum dos personagens é de fato quem pensa ser e muito menos quem representa. E, neste mundo de simulacros, os dois se aproximam e se abandonam com uma velocidade frenética, que confunde muitas vezes frivolidade e carência, paixão e amor, inocência e maturidade.
A cultura de massa, com os seus astros e canções, perpassa toda a trama de forma cortante e chega a ser quase um personagem. Músicos são deuses, canções são oráculos.
Um mundo ao mesmo tempo vendido para milhões e fechado em si próprio. Um ambiente onde seus protagonistas, ao mesmo tempo em que sentem um completo desprezo por qualquer outra forma de vida, especialmente pela vida adulta, usam o compêndio de informações que conseguem nos seus discos e magazines para se inserirem nela.
Com este cenário, que oscila entre o lúdico e o extremamente cruel, entre a comédia e a tragédia, se dá a trama, toda contada em tempos alternados e por pessoas diferentes.
O sofrimento da personagem feminina, a sua recuperação moral e física é a única linha que nunca é abandonada no desenrolar da narrativa. Um abatimento que, no final das contas, poderia vir de qualquer época ou lugar e habitar tanto uma tragédia de Shakespeare quanto uma canção de George Harrison.
A grande pergunta que o espetáculo deixa no ar é simples e, ao mesmo tempo, crucial, particularmente aos jovens: A cultura de massa, com as suas canções de três minutos, revistas de moda e comportamento, palavras de ordem, artistas de seis meses, enfim, com a sua efemeridade, começa e acaba em si própria ou é capaz de trazer respostas para a existência humana, por mínimas que sejam?
Sinopse
Medo de Escuro é uma história contemporânea sobre o relacionamento de um músico, cover de George Harrison, com uma designer de moda, ambos vulneráveis ao encanto da cultura pop. Eles vivem enclausurados num mesmo universo, repleto de heróis às avessas. E, neste mundo de simulacros, os dois se aproximam e se abandonam com uma velocidade frenética, que confunde muitas vezes frivolidade e carência, paixão e amor, inocência e maturidade. Uma história que oscila entre o lúdico e o extremamente cruel, entre a comédia e a tragédia, tendo como pano de fundo o som de George Harrison e outros astros da cultura pop.
Serviço
Faixa etária: 14 anos
Duração: 70 minutos
Local: Sesi Santos
Dias: 13 de julho de 2013
Horário: 20h
Entrada gratuita.
Ficha Técnica:
Texto: Julinho Bittencourt
Direção: Platão Capurro Filho
Com: Fabíola Nascimento e Ernani Sequinel
Participação: Camila Baraldi, Barbara Braw e Marcia Marques
Figurino: Sandra Machado
Cenário: Platão Capurro Filho
Direção de Produção e Fotografia: Rodrigo Mmorales
Direção de fotografia (Vídeo): Theo Grahl
Edição (Vídeo): Daniel Reis
Maquiagem (Vídeo e Teatro): Cícera Carmo
Assessoria de Imprensa: Valéria Vargas
Designer Gráfico: Maira Brigliadori
Ass. Direção e Op.de Vídeo: Camila Baraldi
Ass. de Palco: Jackson Vieira
Operador de Som: André Cajaíba
Lei de Incentivo a Cultura (Lei Roaunet)
Patrocínio: Porto de Santos
Apoio
UNISANTA, Colégio Parque Sevilha, Casarão Santa Cruz, Trupe Olho da Rua, Bonita Produções, Torto Bar, Teatro Guarany
Apoio Cultural
Alhambra Móveis, Academia Corpo e Saúde, Rubinho Griffe, Simões Serralheria, Restaurante Kokimbos, Cantina Liliana, Subway (Brás Cubas)
Apoio Institucional
Prefeitura Municipal de Santos e Secretaria de Portos
Realização: Teatro Widia e Ministério da Cultura