PROJETO BISPO
Tratados como bicho, comportam-se como um
Espetáculo cumpre temporada todos os domingos, ate o final de Novembro, no Centro histórico de Santos
Tratados como bicho, comportam-se como um", espetáculo que traça um panorama que conduz a uma imersão na perspectiva do excluído e um mergulho no labirinto do artista. Onde o passado e o presente se fundem, assim como elementos da religião, do simbólico e questões sociais que se apresentam como um pano de fundo onde a realidade e a ficção se misturam.
O enredo utiliza a dicotomia loucura/liberdade, num sentido metafórico. A impermanência das coisas se estabelece como a própria estrutura dramatúrgica, em que os atores continuamente desconstroem uma realidade cênica para construir outra, criando uma atmosfera dual entre loucura e prisão, arte e liberdade de expressão.
O espetáculo e resultado de um processo criativo/colaborativo que reuniu durante um ano e meio de pesquisa artistas de diversas áreas e oriundos de diversas cidades da Baixada Santista, com direção de Kadu Verissimo.
O ponto de partida é a Praça Mauá. A partir dali, varias cenas acontecem em diversos pontos do centro histórico de Santos ate que o publico chega a Casa da Frontaria Azulejada onde será convidado a entrar e assistir o desenrolar do espetáculo. Em cada rua, cada esquina, o espectador pode se deparar com personagens que estão todos os dias nas ruas e que muitas vezes passam desapercebidos por nossos olhares treinados e ignorar tudo o que não nos convém
O ingresso é um kilo de alimento não perecível que será doado ao Fundo Social de Solidariedade de Santos e o publico deve retirar senha para assistir meia hora antes na Praça Mauá com a produção do espetáculo.
Este projeto foi contemplado com o FACULT/2012.( Fundo de Assistência a Cultura) e tem apoio da Prefeitura Municipal de Santos, Secretaria de Cultura, Fundação Arquivo e Memoria, Vila do Teatro, Superbacana Produções e Casa 3 de Artes.
O ingresso é um kilo de alimento não perecível que será doado ao Fundo Social de Solidariedade de Santos e o publico deve retirar senha para assistir meia hora antes na Praça Mauá com a produção do espetáculo.
Este projeto foi contemplado com o FACULT/2012.( Fundo de Assistência a Cultura) e tem apoio da Prefeitura Municipal de Santos, Secretaria de Cultura, Fundação Arquivo e Memoria, Vila do Teatro, Superbacana Produções e Casa 3 de Artes.
Sobre o espetáculo:
"Desvio de percurso para a “Nau dos Insensatos” – um convite ao perder-se
O projeto, experimental por essência, foi concebido inicialmente como um processo de imersão na produção artística de Arthur Bispo do Rosário e de Stela do Patrocínio, mas ganhou dimensões maiores, transcendendo a proposta inicial. Estabelecendo organicamente uma viagem profunda na chamada “loucura”, em seus vários momentos históricos, nuances e tratamentos sociais. O próprio processo é per si bastante denso e revelador, por estabelecer um caminho de vivências, que reuniu atores, não-atores, pesquisadores, interessados em geral, e vários “loucos”, que durante 15 meses se entregaram ao estudo e ao processo, percorrendo caminhos, experimentado desvãos, vazios e medos, arriscando mergulhos e múltiplos questionamentos e inquietações, numa intensidade transformadora. O processo é a obra e não o seu resultado. Buscou-se durante o percurso, o encontro com os abismos dos incompreendidos, sejam artistas, poetas, profetas, sábios, encarcerados, desfigurados, desordenados - mas libertos dos grilhões e conformações sociais. Essa imersão evoca em vários momentos a chamada “Nau dos Insensatos”, transportando os tipos sociais que a sociedade excluiu, encarcerou, evitou, maltratou e não quis (ou não conseguiu) entender. Lembrando que a loucura está bem ao lado de todos nós, como uma sombra, relacionando as fraquezas, ilusões e sonhos, e representando um sutil relacionamento que o homem mantém consigo mesmo. É um tênue fio que separa lucidez e sombra. A loucura não diz respeito à verdade do mundo, mas sim ao homem e à verdade que ele distingue de si mesmo. Ela pode ser o refugio, a prisão, mas também a liberdade criativa. O que fazer com ela é que pode ser trágico e cruel e principalmente revelador dessas sombras. O percurso é um convite ao embarque em uma viagem simbólica em busca de histórias de seus destinos e verdades, de onde ninguém sairá indiferente."
A loucura das ruas é livre, assim como é livre o louco inserido no contexto urbano, ainda que prisioneiro de seus delírios e abandonado a própria sorte. O louco já foi o sábio de outrora, o que permeava universos desabitados e o excluído.
Abandonado ou encarcerado, o louco é a representação da liberdade, uma metáfora de que não é possível não se ajustar aos moldes da cultura, pois esse liberto será sempre rejeitado, “a alegoria da caverna de Platão” é muito reveladora desses contextos. No entanto, a loucura em cada época é compreendida como um espelhamento da forma como se lida com as diferenças e com os que seguem outras rotas, além das impostas pela cultura.
"Desvio de percurso para a “Nau dos Insensatos” – um convite ao perder-se
O projeto, experimental por essência, foi concebido inicialmente como um processo de imersão na produção artística de Arthur Bispo do Rosário e de Stela do Patrocínio, mas ganhou dimensões maiores, transcendendo a proposta inicial. Estabelecendo organicamente uma viagem profunda na chamada “loucura”, em seus vários momentos históricos, nuances e tratamentos sociais. O próprio processo é per si bastante denso e revelador, por estabelecer um caminho de vivências, que reuniu atores, não-atores, pesquisadores, interessados em geral, e vários “loucos”, que durante 15 meses se entregaram ao estudo e ao processo, percorrendo caminhos, experimentado desvãos, vazios e medos, arriscando mergulhos e múltiplos questionamentos e inquietações, numa intensidade transformadora. O processo é a obra e não o seu resultado. Buscou-se durante o percurso, o encontro com os abismos dos incompreendidos, sejam artistas, poetas, profetas, sábios, encarcerados, desfigurados, desordenados - mas libertos dos grilhões e conformações sociais. Essa imersão evoca em vários momentos a chamada “Nau dos Insensatos”, transportando os tipos sociais que a sociedade excluiu, encarcerou, evitou, maltratou e não quis (ou não conseguiu) entender. Lembrando que a loucura está bem ao lado de todos nós, como uma sombra, relacionando as fraquezas, ilusões e sonhos, e representando um sutil relacionamento que o homem mantém consigo mesmo. É um tênue fio que separa lucidez e sombra. A loucura não diz respeito à verdade do mundo, mas sim ao homem e à verdade que ele distingue de si mesmo. Ela pode ser o refugio, a prisão, mas também a liberdade criativa. O que fazer com ela é que pode ser trágico e cruel e principalmente revelador dessas sombras. O percurso é um convite ao embarque em uma viagem simbólica em busca de histórias de seus destinos e verdades, de onde ninguém sairá indiferente."
A loucura das ruas é livre, assim como é livre o louco inserido no contexto urbano, ainda que prisioneiro de seus delírios e abandonado a própria sorte. O louco já foi o sábio de outrora, o que permeava universos desabitados e o excluído.
Abandonado ou encarcerado, o louco é a representação da liberdade, uma metáfora de que não é possível não se ajustar aos moldes da cultura, pois esse liberto será sempre rejeitado, “a alegoria da caverna de Platão” é muito reveladora desses contextos. No entanto, a loucura em cada época é compreendida como um espelhamento da forma como se lida com as diferenças e com os que seguem outras rotas, além das impostas pela cultura.
Como diz Tom Zé: a tradição é composta por uma multiplicidade de medos. E analogamente a liberdade é composta da experimentação e do lançamento rumo ao desconhecido, aos desmoldes.
Esse percurso cênico, promove um encontro com Bispo do Rosário com Estela do Patrocínio e todo universo de abandonados que permeiam os centros de cidades, esquinas e ruas, portas de igrejas, marquises, bancos de jardins. Mesclando delírio, arquitetura e arte, A peça "Projeto Bispo” vai traçando um panorama que conduz a uma imersão na perspectiva do excluído e um mergulho no labirinto do artista. Onde o passado e o presente se fundem, assim como elementos da religião, do simbólico e questões sociais que se apresentam como um pano de fundo onde a realidade e a ficção se misturam. O enredo utiliza a dicotomia loucura/liberdade, num sentido metafórico. A impermanência das coisas se estabelece como a própria estrutura dramatúrgica, em que os atores continuamente desconstroem uma realidade cênica para construir outra, criando uma atmosfera dual entre loucura e prisão, arte e liberdade de expressão. O Manto da Apresentação, com seus símbolos e vai se desvelando em tramas e ritos e apresentando suas tramas de desenganos, auto-enganos e mascaramentos sociais. A peça é um convite ao abismo que todos carregam e que apenas alguns estartam...
Trajeto:
Serviço:
PROJETO BISPO- Tratados como bicho, comportam-se como um
Temporada: Todos os domingos ate o final de Novembro sempre as 19h com saída da Praça Maua.
Ingresso: 1kg de alimento não perecível que devera ser trocado meia hora antes do espetáculo na Pça Maua
Lotação: 50 pessoas por sessão ( dentro da frontaria) o trajeto pelas ruas é livre.
Ficha Técnica
Atores Criadores
Junior Brassalotti
Juliana Sucila
Vanuzia Moreira
Renata Carvalho
Rafael de Souza
Rony Magno
Wendell Medeiros
Lucas Oliveira
Malvina Costa
Cicero Santos
Assistência Geral
Junior Texaco
Direção:
Kadu Veríssimo
Assessoria de Imprensa:
Luiz Fernando Almeida ( Superbacana Produções )
Apoio:
Prefeitura Municipal de Santos
Secretaria de Cultura de Santos
Fundaçao Arquivo e Memoria
Vila do Teatro
Superbacana Producoes
Casa 3 de Artes
Olhar Caiçara