segunda-feira, 15 de julho de 2013

LET'S FLEB. DEXTER


Olá leitores deste blog. Meu nome é Patrícia eu tenho 23 anos, estudo psicologia, e sou totalmente doente por cinema e séries, escreverei esta coluna para vocês, que vai falar, sempre partindo de uma série, filme ou similares, para tratar um pouco das coisas da vida, de vários sentimentos que nós todos temos em comum, que só a arte sabe despertar em nós. Digamos que é uma coluna para reflexão. Mas se você preferir é uma coluna para você dar uma olhadinha nas coisas boas, que tem para se ver no world wide web.

Então, let’s FLEB

Queria começar falando de uma série que gosto por demais e está no seu final: Dexter.


Ele foi encontrado por seu pai adotivo Harry, dentro de um container com seu irmão mais velho, ainda criança em meio ao sangue, quando sua mãe (informante de Harry), é morta com uma motoserra, por um traficante.

Nascido em sangue “Born in blood” como ele costuma falar, torna-se analista forense da polícia, especialista em sangue.

Dexter cresce em meio a impulsos estranhos e começa primeiro a matar um cachorro, seu pai, vendo as urgências do garoto, logo percebe que seu filho é um serial killer, e cria um código, onde ele somente poderia matar as pessoas, se elas realmente tivessem cometido algo contra alguém. E então é criado o Harry’s code, que o acompanha por toda a jornada de 8 temporadas.


Ao lado de tudo isso tem sua irmã adotiva Debra, que também entra na policia por influência de seu pai, para tentar chamar um pouco sua atenção pois Harry só tem olhos para Dexter.

Com o fim da série, me veio a cabeça essa grande questão, porque nós (fãs) nos identificamos tanto com um serial killer.

Pensei nessa pergunta pois todas as pessoas que conheço que conhecem Dexter, o adoram, e porque será isso?

“Ah porque ele faz o que a gente quer fazer, matar pessoas.”

Será isso mesmo? Então dentro de nós, todos temos um psicopata, talvez.

Mas o que me surpreende são as entrelinhas, porque o Dexter no fundo pensa que não é capaz de ser salvo de sua condição de psicopata. E talvez não seja mesmo.

Ele luta em alguns momentos fortemente contra isso, (mais ainda na 7 temporada quando sua irmã [pobrezinha rsrs] quer lhe ajudar a não matar mais)

Isso não se assemelha muito a alguns de nós? As vezes pensamos que não há remédio para o que somos. E em como vamos conviver com todo esse mal que habita dentro de nós.

Dexter nos convida durante 12 semanas a pensar sobre isso, ele analisando cada passo que dá, nos leva em nosso subconsciente a analisarmos nossos próprios medos, angustias, revoltas, etc.

Mas as pessoas dizem, “ah poxa, ele é um serial killer do bem, só mata as pessoas ruins.”

Sim, ele atua como um justiceiro, mas não por instinto, mas pelo código criado por seu pai (SPOILER ALERT) e como sabemos agora, pela dr. Voguel. Que foi desenvolvido para sua sobrevivência.

Então ele é uma pessoa que segue algum tipo de lei, onde as leis nem sempre funcionam, e muitas vezes ele usa dessas leis, para fazer valer a sua própria lei.

Quantas vezes não fazemos isso na vida, quando impomos nossa verdade, ou quando a manipularmos, ou quando seguimos aquela direção quando muitos nos avisam que não devemos ultrapassar. São formas de fazer valer a nossa lei.

Aquilo que julgamos ser justo.

Nós também, em nossa maneira, criamos códigos, e também criamos mascaras, elas servem para nos manter nessa dança louca, e nos preservar as vezes de todo o caos.

Dexter cria uma mascara, mas a dele é de pessoa normal, ele quer esconder o monstro. Tanto que uma vez ele comenta que se sente bem no halloween, pois é o único momento em que não precisa se esconder, e acha curioso as pessoas se esconderem atrás dos monstros.


Mas no meio de todo seu instinto assassino ele quer salvar as pessoas, dos monstros a solta por aí, monstros como ele. Tanto que em suas mortes, que são momentos de religiosidade ele antes de matar a vítima a faz olhar para as fotos das pessoas que ela matou.

O que então dentro de uma pessoa tão ruim assim, faria ter essa atitude que pode ser considerada nobre?


Porque acho que aí mora a própria questão em si, nenhum de nós é completamente bom, e nem completamente mau. Não existe isso que a Disney nos ensinou quando criança, da fada e da bruxa. Todos nós nascemos com as mesmas chances para o bem e para o mal. O que você pode fazer é alimentar o monstro ou não.

Vejam: http://www.youtube.com/watch?v=XfF3m1SHG00



8 comentários:

  1. O que me deixa curioso agora é saber como seria para uma sociedade atual descobrir algum individuo como o Dexter,que pratica algo que na essência se diz errado,mas que muda tudo quando analisada a intenção do que ele faz.Como seria julgado por exemplo,pelo sistema juridico brasileiro?
    nice post patsy,
    LETS FLEB SOME MORE!

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    1. Olá sinceramente é de se pensar, porque dependo da manipulação que a mídia faria do caso. Se eles deixassem para o povo julgar por exemplo, o que o povo faria.
      Porque eu tenho certeza que muita gente ia querer os serviços do Dexter rsrsrs poderosos até.
      Ou era capaz dele se tornar um produto também com bonequinhos e tudo uahuahauhauhauha
      Eu acho que daria até uma nova série só pra isso.hehehehe

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  2. Eu já gostei mais do Dexter, mas agora vou ter que ver esse final rs. Acho que ele ficou muito contraditório ao longo da trama. Agora ele meio que voltou a ser o Dexter de sempre mas a trama continua fraca. =/ Vamos esperar, mas sem muita esperança. rs

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    1. É a grande espera é para esse final do Dexter né, agora que a trama chega ao fim, eles poderiam estar fazendo algo mais emocionante, mas tenhamos fé que vá melhorar huauhauhaua

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  3. Querida Pat,
    Gostei. Você está escrevendo bem e fez uma análise não somente de cinéfila, mas de psicóloga.
    Parabéns. Beijos. Guilherme

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    1. Muito obrigada Guilherme por ter lido e pelo seu comentário. Beijoss

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  4. Adorei o post, concordo com tudo!!! E vamos ver como termina Dexter, né?! *ansiosa* =D

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    1. muito obrigada por ter lido, e pelo seu comentário!! O fim já começou!!!

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